segunda-feira, 29 de março de 2010

como ensinar português e japonês ao seu filho



Adendo: se a leitora Mika que tem uma filha de dois anos estiver lendo,
gostaria de responder as perguntas por e-mail.
Meu e-mail é bom.pink1@gmail.com
que está tb do lado direito, perto do meu perfil.

Chegou a época do sakurá, flores de cerejeira no Japão.
Esse tipo floresce antes do tipo cor-de-rosa mais clarinho.
Tirei essas fotos num parque perto de casa.




Gosto delas assim de perto também.

Mas esse ano continua muito frio, ontem até nevou
um pouquinho em Yokohama.




O texto de hoje é um pouco longo, mas peço para lerem com cuidado. Principalmente se vc mora no Japão e tem filhos pequenos. Pode ir lendo aos poucos, ler outros blogs e voltar.

Tem duas coisas que me marcaram.
A primeira foi uma francesa casada com japonês. O filho dela na época tinha 5 anos e essa mãe falava só francês com ele. Perguntei como e porque ela fazia isso. Ela respondeu que não tem com quem falar francês no Japão, então fala com o filho, assim ele vai aprendendo. Era uma gracinha, falava francês. Minha impressão: falando uma língua em casa, no caso dela francês, a criança aprende e fala, mesmo que seja só ela a falar francês. Conclusão: achei que poderia fazer o mesmo com o português quando tivesse filho.

A segunda foi a seguinte: uma família de descendentes de japoneses que conheci aqui o Japão.
Tinha avó, mãe e um filho de 10 anos. A mãe não falava bem japonês, mas o filho era fluentíssimo.
Na escola dele me contaram que ele veio pequeno para o Japão e estudou a vida toda em escola japonesa. Daí tirei a conclusão de que independente da língua que se fala em casa, se estiver frequentando escola japonesa, a criança vai falar bem japonês.

A partir daqui começo a contar a experiência que tive com meu filho intercalada com outras ideias. Experiência na qual os dois fatos acima foram muito importantes.

Eu sabia que indo à escola japonesa, meu filho aprenderia japonês naturalmente. Por isso decidi falar somente português com meu filho, desde que ele nasceu. Sempre conversei em português, lia livros infantis em português. Falava brincando para ele: -Para vc eu não sei japonês, só sei português - e me mantive firme.

Hoje ele está com 13 anos. É fluente em japonês e português. Lê, fala e escreve ambas as línguas.
Se eu tivesse falado só japonês em casa ele não teria aprendido português. Eu não queria de jeito nenhum fechar uma porta para o meu filho. Senti que se não ensinasse o português estaria fechando uma porta. Quanto mais línguas souber, acho que será melhor para o seu futuro.

Vejo muitas famílias não-japonesas que só falam japonês com os filhos. Por exemplo: nunca vi nenhuma filipina ensinar a língua deles para os filhos. Mesmo falando mal japonês, só falam japonês. Por outro lado, todas as francesas que conheci sempre falam francês com os filhos. Os americanos e ingleses também sempre falam inglês com os filhos, mesmo vivendo no Japão.

Aqui é uma teoria minha, teoria seria exagerado, mas um pensamento meu: Reparei que as pessoas que tem orgulho do seu país e da sua cultura ensinam a língua para os filhos. Caso dos franceses, americanos e ingleses. Eu também, porque tenho orgulho de ser brasileira, amo e acho linda a língua portuguesa.

Não posso dizer com máxima certeza, mas tenho a impressão que as filipinas tem vergonha do seu país e ao mesmo tempo acham o Japão o máximo, por isso falam só japonês com os filhos.


Acho também que a língua carrega consigo a cultura do país. Se não falasse português com meu filho ele não saberia como é a cultura brasileira. Os brasileirinhos que só falam japonês não sabem como é a cultura do Brasil.

Esse é um caso a parte, mas conheci uma brasileira nissei que demonstrava orgulho por seus filhos só falarem inglês e quase nada de português. Ela falava sorrindo e com muito orgulho que seus filhos não conseguiam se comunicar com os parentes quando iam ao Brasil. Sem comentários.

Peço aos brasileiros que vivem no Japão que pelo menos conversem com seus filhos em português. Senão, um dia vc só vai conseguir falar coisas básicas com ele em japonês. Discussões mais difíceis ou falar de seus sentimentos ficará muito díficil. Falta de tempo não é desculpa. Perceba que vc está tirando uma oportunidade da vida dele. Como será se um dia vc voltar ao Brasil e seu filho não dominar a língua portuguesa? Por outro lado, se pretende viver no Japão, é essencial que vc e seu filho aprendam o japonês. A vida dos dekassêguis tomou outros rumos. O ideal seria aprender ambas as línguas. Sem se esquecer do inglês. Quem não domina o inglês hoje em dia, é um analfabeto em nível mundial. Desculpe a sinceridade, mas quando vc sai do eixo Brasil-Japão essa é a realidade. O inglês ajuda muito a se comunicar com quem quer que seja. Mas o inglês não faz parte da discussão de hoje.

Talvez seja só impressão, mas reparei que pessoas com escolaridade mais alta ensinam mais de duas línguas para os filhos. Já as pessoas de escolaridade mais baixa só ensinam uma. As causas podem ser tão diversas que renderiam um novo post.

No começo talvez eles vão misturar tudo. A idade crítica é 7 anos. As crianças bilingues podem ficar um pouco mais atrasadas que aquelas que só vivem com uma língua. Na classe do meu filho no primeiro ano da escola primária tinha uma americana, um inglês, os 3 não falavam tão bem japonês nem inglês e português quanto crianças da mesma idade com uma só língua. Mas é preciso ter em vista que estão aprendendo duas línguas. Eu tive paciência e segui em frente. Hoje ele é fluente nas duas. Crianças bilingues ficam um pouco mais atrasadas, se atrapalham, mas tendo paciência e com um olhar no futuro, elas terão sucesso. Acho que não é bom desistir só porque estão um pouco atrasados ou confundindo as línguas. Lá pelos 10 anos de idade elas alcançam as outras e podem ir até melhor na escola que os outros. Muitos pais ficam desesperados porque comparam seus filhos aos monoglotas, mas isso não faz muito sentido.

É preciso ter método, acompanhar os estudos, tentar aumentar o vocabulário nas duas línguas, ensinar e aprender brincando. Assim deu certo para mim e meu filho. A maior alegria é poder se comunicar com japoneses e brasileiros da mesma maneira.

Meu filho não tem sotaque de gringo. Isso é estranho porque a maioria das crianças brasileiras ( bilingues ou trilingues) criadas fora do Brasil pegam sim, sotaque de gringo. Pegam vários sotaques: de americano, sueco, alemão, japonês, etc...
Eu até vi um blog muito engraçado.
A família é brasileira e mora há anos nos EUA. Ela mostra um vídeo com o filho de 8 anos que é uma graça e tinha o título de -meu filho fala como gringo (ou coisa parecida)-
Brasileiros que já viram muitos desses casos ficam intrigados e me perguntam como é que eu fiz para meu filho não ter sotaque de gringo. Sinceramente não sei. Muito contato com a língua talvez. Eu posso dizer como fiz para ele ser fluente em português, mas o sotaque não sei. rsrs
Já sei, vou perguntar para ele mesmo.
Conheci uma sansei que morava no Japão e falava só japonês com a filha. Porém essa mãe treinava as sílabas la-le-li-lo-lu com a filha de 8 anos porque elas não existem em japonês. Acho uma forma interessante para minimizar o problema do sotaque de gringo. Para as crianças que moram nos EUA seria bom treinar o ão de pão, São Paulo. Senão eles falarão: sao, pao.

Há muito que gostaria de escrever ainda, mas hoje ficarei por aqui.
Obrigada por chegar até aqui.


quinta-feira, 25 de março de 2010

Instituição para jovens infratores no Japão


Muito obrigada pelos comentários no post anterior sobre crianças no Japão. Antes de escrever sobre a experiência com meu filho, gostaria de escrever sobre os reformatórios, ou as FEBEMs do Japão. Talvez esse post deixe vocês tristes, mas é a realidade e se servir de alerta, será algo positivo.

Aqui os reformatórios para jovens se chamam Shonen-in. Traduziria como instituição para jovens ou adolescentes, acho que não há tradução exata. Reformatório também não é adequado porque dá uma conotação ocidental e muito antiga. Também é diferente das aFEBEMs do Brasil. Por isso neste texto chamarei de shonen-in.

Os shonen-ins do Japão são mais parecidos com prisões para adultos. Tendo em vista que as prisões daqui são limpas, organizadas e a disciplina é extremamente rígida. Os shonen-ins são adaptados para reintroduzir os jovens na sociedade japonesa.


Esta foto acima vem da mesma matéria do jornal do post anterior.
Traduzindo está escrito: Aprendi o idioma japonês no shonen-in

Sempre pensei que os shonen-ins fossem para adolescentes de até 18 anos, mas aqui contam a história de um rapaz brasileiro de 19 anos.

No shonen-in de Kanagawa-ken, Yokosuka, Kurihama, ele frequenta as aulas de japonês junto com outros 5 brasileiros, 1 boliviano e 4 filipinos internos.

Ele chegou ao Japão com 12 anos para viver com seu pai dekassêgui. Foi à escola mas não entendia nada e largou a escola depois de 8 meses. Retornou ao Brasil, depois voltou de novo ao Japão com 15 anos. Começou a trabalhar numa fábrica de auto-peças e vivia sozinho.

Em 2008 convidado por amigos nikkeis (brasileiros descendentes de japoneses), começou a roubar GPS de dentro dos carros quebrando os vidros. Foi pego depois de 1 ano e enviado ao shonen-in.

Ali o rapaz começou a aprender japonês. O shonen-in de Kurihama é o único do país que ensina japonês aos internos. Essa inciativa começou em 1993 quando os diretores perceberam que os jovens estrangeiros deveriam aprender japonês para se integrarem à sociedade. Senão, quando soltos, poderiam voltam a cometer os mesmos delitos.

Fiquei chocada: dos 300 estrangeiros que passaram pela instituição, 80% eram brasileiros.


Na foto acima , o rapaz escreve seu diário em japonês. Já consegue escrever kanjis.
Quando chegou, o rapaz só sabia dizer: Kon-niti-wa (boa tarde), Kon-ban-wa (boa noite) em japonês.
Com as aulas, em menos de um ano, já consegue falar e escrever kanjis até a sexta série.
A professora voluntária disse: "Fico com tanta pena, será que não ensinaram direito na escola?"

Com 285 dias no shonen-in ele escreveu em japonês: "Quero ajudar meu pai. A família é muito importante para mim. Minha vida começa agora."

Anos atrás, li uma reportagem sobre uma diretora da FEBEM no Brasil. Dizia ela: "Não entendo como possam existir tantos brasileiros descendentes de japoneses nos shonen-ins do Japão. Aqui na Febem de São Paulo, temos centenas de internos mas nenhum sequer descendente de japoneses."
Este fato é triste e preocupante.


Gostaria de contar sobre como meu filho aprendeu português e japonês num outro post.

Mas nem tudo são tristezas e o Alexandre Mauj fez um post excelente sobre crianças brasileiras morando no exterior no seu blog Lost in Japan.
Aqui está o link:




terça-feira, 23 de março de 2010

Crianças brasileiras no Japão

Eu assino o Jornal Asahi aqui no Japão. (pronúncia mais ou menos assárri).
Na edição de hoje, saiu uma matéria sobre crianças brasileiras no Japão.

O título que me chamou atenção é: ダブルリミテッド 漂流 母語も日本語も身につかない子供たち
Duplamente limitados, à deriva. Crianças que não assimilaram nem sua língua materna nem o idioma japonês.

No Japão as famílias escolhem escola brasileira ou japonesa para os filhos estudarem.



Acima contam a história do menino Vitor (10 anos) que está na foto. Ele chegou ao Japão aos 3 anos de idade com a mãe dekassêgui. Eles retornarão ao Brasil mas estão preocupados porque Vitor não domina perfeitamente o português. O repórter conta que o japonês que Vitor fala também não era bom.
É um caso preocupante dos "double limiteds" que são cada vez mais numerosos em várias regiões do Japão.
O grande problema é que essas crianças não sabem se expressar plenamente em nenhuma língua. Como extensão disso correm o risco de não aprenderem a pensar.



A menina dessa foto acima mora em Shiga. A família está no Japão há 12 anos. A menina estudava em um colégio brasileiro. Como o pai perdeu o emprego, teve que tirar a menina do colégio. Como só estudou em colégio brasileiro, quase não sabe escrever japonês. Atualmente a menina está em casa sem estudar. Há centenas de crianças brasileiras atualmente no Japão nessa situação. Não frequentam escola brasileira nem japonesa.
(obs: hoje existem colégios que seguem o currículo escolar brasileiro no Japão, ou seja as aulas são dadas em português)

Relatam também o caso de uma menina sansei de 13 anos que entrou numa escola japonesa em Shiga. Ela conta que passava o dia todo sem que ninguém falasse com ela. Então ela ficava só olhando para fora da janela. -Acho que ninguém gostava de mim lá- diz ela. Não suportou e deixou a escola depois de 2 meses.

Um sociólogo japonês fala que os nikkeis têm cara de japonês mas não falam japonês e tem atitudes e gestos diferentes dos japoneses. Para essas pessoas a sociedade japonesa é muito fria, pouco receptiva, o que tolhe a vontade dos nikkeis aprenderem. Por outro lado, os nikkeis mestiços sofrem preconceito porque não têm cara de japonês.

Para não misturar as coisas, pretendo contar a minha experiência com meu filho no próximo post.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Verificação de Palavras 2


Fiz posts todos os dias nos últimos 5 dias. Vc já viu todos?

Publiquei este post no dia 22 de outubro de 2009. Volto a postar porque acho que tinha gente viajando naquela época que acabou não vendo. Mas é para todos vcs que tem blog e como eu também talvez não tenham notado o quanto essa verificação de palavras atrapalha.


Como desabilitar a opção verificação de palavras

Estou repassando uma campanha que vi no blog do Fabiano, do Blog do Luar Encantado, que viu no blog da Fe

Talvez você não saiba, mas a opção de verificação de palavras nos comentários dos blogs ao meu ver é inútil, que não faz diferença ter ou não ter, e que faz a gente perder muito tempo copiando aquelas letras, além de muitas vezes travar o comentário e sumir com ele.

Se você tem habilitada essa opção, mas não entende por quê, que tal desabilitá-la?

Se você também quiser divulgar esta campanha em seu blog fique à vontade.


Para fazer isso, é só ir em

-Nova postagem

-Configurações

-Comentários

-Procurar a pergunta: Exibir uma confirmação de palavras para seus comentários? clicar em NÃO

-Salvar configurações

Espero que consiga, boa sorte. Qualquer coisa me pergunte.

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domingo, 21 de março de 2010

Londres


A amiga de uma amiga vai à Europa e pediu umas dicas.
Ela vai para Paris, Londres, Bruxelas, Amsterdã, Copenhague, Praga, Viena, Munique, Salzburg, Veneza, Roma, Terue e Barcelona.
Dessas cidades só conheço quatro: Paris, Londres, Munique e Roma. Pretendo escrever sobre essas 4 cidades. Se vc conhece alguma dessas outras, poderia deixar as dicas nos comentários?

Obrigada pelos comentários com suas dicas de viagem. A Fernanda Reali deixou o seguinte comentário no post sobre Paris:

Amei o post também os comentários. A diferença deste blog para os outros é que os comentários têm um nível tão bom quanto os posts!

(A Fernanda falou e eu acrescentaria que os comentários são tão bons que poderiam ser um post separado) Por isso pessoal que comenta, considerem-se elogiados.

Hoje vou falar da última dessas 4 cidades que é Londres, ou London.
Londres é uma das grandes metrópoles da Europa. Tem muitos lugares interessantes para vc conhecer.

Como gosto de museus, indicaria o Museu Britânico, British Museum. Tem muita, muita coisa lá. Fiquei encantada com a Pedra de Roseta, lembram das aulas de história do colégio? É aquela pedra encontrada no Egito. Há objetos arqueológicos de muitos lugares. Me deu a impressão que os ingleses fizeram uma pilhagem geral no Egito, Grécia e outros países.

Gostei também do National Gallery onde tem muitas obras de arte importantes.

Na cidade, gostei de conhecer o Palácio de Buckingham, residência oficial da Família Real em Londres. O Hyde Park também é lindo, cheio de verde. Visitem também o Big Ben, é grande e bonito.

Andando pela cidade, sempre acabava passando ou chegando no Trafalgar Square, uma praça muito bonita onde tem a estátua do Almirante Nelson, um herói da Marinha inglesa.

Não é arte, mas é muito divertido o Museu de Cera Madame Tussaud. Lá vc pode ver estátuas de cera de várias celebridades e pessoas importantes. A estátua de Pelé estava muito diferente dele. Poderia estar retratando qualquer outra pessoa. Mas geralmente as estátuas são muito parecidas. Algumas parecem que estão vivas mesmo, é de assustar.

Fiz compras em vários lugares, há muitas lojas charmosas na cidade.

Só posso dizer que adorei Londres, há muitas coisas para ver para todos os gostos. Só que é muito cara, consegue ser até mais cara que Tokyo, acreditam?

Obrigada por me acompanharem nessas viagens-postagens e agradeço também os comentários.
Faço votos que todos possam ir para essas cidades algum dia. Eu inclusive porque gostaria de voltar para lá.





sábado, 20 de março de 2010

Munique


Obrigada pelos comentários sobre Paris e Roma. Vocês se lembraram de lugares que eu tinha esquecido e com isso tornaram o post mais completo.

A outra cidade citada que eu conheço é Munique.
Quando fui lá achei interessante como o nome da cidade é pronunciado em alemão. É diferente da pronúncia em português, japonês e inglês. Lá se escreve München (pronúncia mais ou menos miun-tiên ou mun-tiên).
Andamos pela cidade com um ônibus de turismo azul de dois andares. Foi bom porque ele levava para os locais mais bonitos e interessantes da cidade.

Lá fiquei num hotel chamado Intercity que é muito bom porque fica ao lado da estação de trem e eu viajei com o Euro Railpass (passagem que dá direito a viajar de trem por vários países da Europa por tempo determinado). Vocês sabiam que nas estações de trem da Alemanha não existe catraca como no Japão? Vc compra a passagem ou usa o Rail Pass e entra direto. A porta dos fundos do Hotel Intercity dava direto na plataforma de trem. Muito prático.

Esta foto acima é do Bayerische Staatsoper,
Teatro de Ópera da Baviera.

Em Munique tem um parque onde as pessoas praticam o nudismo. Meu filho que na época tinha 10 anos ficou muito bravo, disse que as pessoas não podiam ficar peladas por aí. Eu falei que estar pelado era natural e assim ele se acalmou. Mas achei engraçada a reação dele. Nesse parque que infelizmente esqueci o nome, tinha um rio bem estreito com a correnteza muito forte. Umas pessoas praticavam surf ali. Não sei explicar bem, mas uma pessoa de cada vez entrava com a prancha e surfava. Formava-se uma onda perto de uma ponte. Nessa única onda as pessoas surfavam. Fiquei muito surpresa.


Esta foto acima é uma parte do Residenz, que é o palácio onde vivia
a Família Real. A foto está assim porque tirei do ônibus de turismo
que citei um pouco acima.

As cidades da Alemanha são muito bonitinhas. Algumas parecem saídas dos contos de fadas.

Em Munique não deixe de conhecer a região do Marienplatz. Praça Marien. Lá tem o prédio da prefeitura o Neues Rathaus (nói-es). A fachada é uma gracinha. Tem um relógio que quando marca as horas tem bonecos em volta que se movem.
Uma amiga equatoriana encontrou o amor de sua vida por ali em Marien Platz. Ela conversou rapidamente com um rapaz alemão e resumindo a história casaram-se e hoje vivem felizes juntos. Quem sabe vc não acha o amor da sua vida ali ou em alguma viagem?


Tirei essa foto em Marienplatz a praça que citei acima.
É uma foto de turista mesmo. Encontramos rapazes brasileiros
fazendo apresentação de capoeira.
Conversei com um deles e ele me contou sempre se apresenta assim.

Meu filho gostou muito do Deutsches Museum (dói-tchês), um seu de ciências e tecnologia que fica numa ilha no Rio Isar que corta a cidade. Lá tem demonstração de raio. Tem instrumentes musicais que parecem de Itu, são enormes. É um museu para brincar, meu filho se divertiu muito lá.


Munique fica na Bavária, Baviera ou Bayern em alemão. Perto tem um castelo lindo, o Castelo de Neuschwanstein. É este da foto acima. Isso não dá para ler em português, não acham? A pronúncia é mais ou menos nói-shivan-shitain. Acho que é conhecido como o Castelo da Cinderela, parece castelo de conto de fadas. Foi construído pelo rei Ludwig da Baviera que diziam ser muito louco. Nós entramos lá, é muito bonito. Mas deu pena porque o rei morava sozinho lá.

Espero que tenham gostado do que escrevi sobre Munique.




sexta-feira, 19 de março de 2010

Roma


Hoje continuo falando de viagens.
Não sei se vc viu a postagem anterior.
É sobre Paris, veja por favor.
A amiga de uma amiga vai para várias cidades da Europa e pediu dicas.
Hoje vou falar de Roma.
Já fui há muito tempo, esqueci muita coisa.
Mas tentarei falar do que acho imperdível.

Vaticano. Na verdade fica dentro de Roma. Visite a Basílica de São Pedro. É grandiosa, impressionante. Não sei se hoje dá para entrar, mas eu lembro que entrei e vi a escultura de Bernini. No Vaticano mesmo, é imperdível a Capela Sistina (já vi escrito Sixtina tb). Quando eu fui não tinha fila, mas ouvi dizer que hoje as filas são enormes. É bom chegar cedo. A impressão é que hoje há muito mais gente viajando. Michelangelo pintou cenas da Bíblia nas paredes e teto. Me lembro das aulas do colégio. Vc se lembra?

Achei o Coliseu muito grande. Lá dentro algum imperador mandou arrancar todo o mármore dos bancos séculos atrás para construir outra coisa e só sobraram as ruínas. Vi muitos gatos andando por lá.

Na Fontana de Trevi joguei umas moedas brasileiras e fiz algum pedido que não me lembro mais. Reparei que tinha moedas do mundo inteiro.

Interessante também é a Praça de Espanha ou Piazza di Spagna em italiano.

Para quem gosta de arte barroca, renascentista ou mesmo para quem não gosta, Roma parece um sonho onde vc pode ver esculturas e pinturas que só viu em livros.

Minha amiga Noriko foi no começo desse mês e viu o Papa num auditório especial no Vaticano só para convidados. Ela disse que toda comida que comeu em Roma era horrível. Eu servi minha modesta torta de atum que já postei no ano passado e ela disse que estava 10 vezes melhor. It made my day. Obrigada Noriko, bondade sua. Alguém que foi a Roma comeu algo gostoso, me conte por favor.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Paris




Hoje vou falar de viagens. Recebo comentários dizendo que gostam de ver esse blog porque mostro ou falo de lugares que provavelmente nunca vão conhecer. Talvez vc ache que nunca vai conhecer esses lugares. Mas se vc planejar e quiser de verdade, acho que vc irá para qualquer lugar que quiser. Vamos sonhar e acreditar!

A amiga de uma amiga vai à Europa e pediu umas dicas.
Ela vai para Paris, Londres, Bruxelas, Amsterdã, Copenhague, Praga, Viena, Munique, Salzburg, Veneza, Roma, Terue e Barcelona.
Dessas cidades só conheço quatro: Paris, Londres, Munique e Roma. Pretendo escrever sobre essas 4 cidades. Se vc conhece alguma dessas outras, poderia deixar as dicas nos comentários?

Vou começar por Paris. É de certa forma o oposto do que escrevi sobre Pequim. Não sei se vc leu, mas no post anterior falei que Pequim mudou muito de 20 anos para cá. Parece outra cidade. Já Paris está exatamente igual a mais de 20 anos atrás.

Paris é realmente tudo o que falam e mais um pouco. É linda, romântica, clássica. Mas acho que minha mãe não ia gostar, iria achar tudo velho.

Mesmo para pessoas que não gostem de arte, acho legal conhecer o Museu do Louvre. A entrada central, pela pirâmide de vidro é sempre cheia de gente. Vc vai pegar uma fila enorme. Recomendo a entrada que se chama Porte des Lions, que fica do lado direito do museu, perto do Rio Sena. Entrei por lá e gostei muito porque dá para ver inclusive as ruínas encontradas na época da construção da pirâmide. Vi um muro de pedra da época em que não havia o palácio e o Louvre era uma fortaleza cercada por muros de pedra. Vc sabia dessa?

Vale à pena andar pela avenida Champs Elysees (chanzelisê). Meu filho ficou com vontade de comer hamburguer então almoçamos no Hard Rock Café. Subimos a avenida a pé e fomos ao Arco do Triunfo. Subindo dá para ter uma vista panorâmica da cidade.


Esta foto acima é da Ópera de Paris. Não estava passando ópera mas deu para entrar e ver por dentro. Era tão lindo que parecia um palácio. Esse ônibus está atrapalhando na foto, esperei, esperei mas vinha um ônibus atrás do outro, tirei a foto assim mesmo.

Tem um ônibus de turismo chamado Open Tour de dois andares que te leva para os principais pontos turísticos da cidade. Dá direito ao barco que navega pelo Rio Sena. Peguei o barco no Louvre e desci na Catedral de Notre Dame. Que tem tb uma fila enorme para subir até a torre.

Uma das dificuldades de Paris é a falta de banheiros. Uma dica valiosa: todos os cafés tem sanitários grátis no sub-solo. Vc compra uma água mineral e ganha o direito de usar o banheiro. Meu filho já sabia e descia correndo enquanto eu comprava a eau minerale (pronuncie ô minerrale). Por sorte, há muitos cafés em Paris.

Há muita coisa para se ver, mas eu destacaria essas.

Quando vc se cansar de andar, vá a um café e faça como os parisienses: sente-se do lado de fora e fique admirando a paisagem. Paris é linda de qualquer lugar e ângulo. Bon voyage!

Postarei sobre as outras cidades nos próximos dias.








quarta-feira, 10 de março de 2010

Mais sobre Pequim


Para quem não tem acompanhado este blog,
fui a Pequim em janeiro desse ano com o meu filho.

Nessa viagem pude constatar a diferença entre ouvir falar,
ler, ver na internet e realmente ir.
Hoje vou falar de um assunto um pouco diferente
do que sempre escrevo no blog.
É sobre economia, mas quero escrever de uma forma não chata.
Vamos ver se consigo.
Tenho ouvido falar há alguns anos que a China está crescendo
num patamar de 10% ano ano. Eu achava difícil um país crescer tanto
durante muito tempo e já estava prevendo uma queda nesse crescimento para os próximos anos.
Qual não foi minha surpresa,
pelo que vi em Pequim, isso é só o começo,
a China vai crescer muito mais.
O povo está animado, a vida melhorando.
Uma amiga japonesa disse que o Japão na década de 60, 70 também
era assim. Canteiros de obras por todos os lados,
o povo animado vendo o país crescer.



Eu estava num ônibus de turismo,
as ruas estão sempre cheias de carro, congestionadas.


Mudando um pouco de assunto, mas ainda em Pequim,
lembram do estádio Ninho do Pássaro?
Das Olimpíadas de Pequim.

No Japão usam-se máquinas para retirar a neve acumulada nas ruas.
Ouvi dizer que na China, como a população é grande,
evitam mecanizar muito para preservar os empregos.
Esse dia estava uns 10 a 15 graus abaixo de zero.
Os empregos foram preservados, mas é um trabalho muito duro.

Ikebana e rouketsu-zome

Minha avó Tokie Fujii tinha por hobby 生花 (ikebana) e 臈纈染(ろうけつぞめ- pintura em couro utilizando cera) A parte do assento do banquinho do piano ...