Ontem conheci uma mãe preocupada e (um tanto) desesperada.
Queria combinar um almoço ou café para outro dia para podermos conversar mais, mas ela disse que agora seria difícil. Os filhos já estão de férias e ela precisa ficar com eles. Perguntei se eram muito pequenos. Ela respondeu que um deles tem 13 anos e o outro 11, acho. Mas o problema é o seguinte: Se ela não ficar por perto controlando, o filho de 13 anos fica o tempo todo, horas a fio jogando video game.
Acho que esse é um problema comum para quem tem filhos que tem game em casa. O meu filho pelo menos não fica tanto brincando de game. Mas se deixasse acho que ele ficaria muito mais.
Os games são fascinantes e muito divertidos para as crianças. As empresas lançam consoles e games cada vez mais interessantes.
Aqui em casa sempre teve uma regrinha quanto a games. Meia hora por dia. Se não quiser assim, não joga.
Acho que proibir é pior. Já ouvi que crianças que as mães proibem que tomem Coca-cola acabam tomando e muuuuito na casa dos amiguinhos. Então nunca proibi games, mas coloquei limites.
-Todos os games que compramos para ele eu jogo pelo menos um pouco para ver como é, se dá para parar quando peço ou tenho que dar um tempo a mais. Mas jogo muito mal e sempre perco do meu filho, rs.
Aquela pessoa lá de cima disse que deixa o próprio filho comprar os games. Isso nunca fiz. Quando meu filho quer um game, eu pesquiso e se achar que é conveniente para a idade dele, aí compro. Senão nada feito. Percebi que ela ficou surpresa com isso.
Não proibo games, mas falo que ele tem que estudar também. Acho que tudo tem que ser equilibrado. Peço também para brincar nos parques, não ficar só em casa enfiado fazendo game. Aqui em Yokohama tem tanto espaço aberto bom para brincar! O melhor é tentar equilibrar as atividades.
Neste blog não sei se repararam, mas evito dizer: você deve fazer isso ou aquilo. Procuro sugerir apenas. É da minha personalidade. Mas nesse caso, sou categórica.
Acrescentando: acho que nunca se deve fazer do estudo uma moeda de troca. Explicando: aqui no Japão há pais que dão dinheiro, presentes, mais tempo para ficar no game caso o filho vá bem nos estudos. Mas isso é um erro porque no dia que não ganhar nada, cadê o incentivo para estudar? Pais assim estão criando filhos que só estudam movidos a suborno. O certo é desvincular presentes dos estudos. Ex: a criança vai ganhar presentes porque é aniversário, Natal, dia das crianças, etc. Este que vou mostrar agora é um caso extremo, mas uma família nikkei lá do Brasil que eu conhecia mimou os filhos. Davam presentes caros quando estudavam. Tinham 3 filhos, um deles parou de estudar, não sei os detalhes, mas se tornou um drogado e morreu de overdose. O outro se revoltou, parou de estudar, veio para o Japão trabalhar, viu que a vida é dura. Aprendeu a ser homem. Hoje é um empresário bem sucedido em São Paulo. Na mesma família dois exemplos diferentes.
Mudando de assunto, ganhei um lindo lenço ou echarpe de uma amiga que foi para a China. É de seda, muito macia, adorei. Muito obrigada, gostei muito.
Vi que gostaram da dica do gergelim para prisão de ventre. Antes de tudo, frutas e verduras ajudam a combater a dita cuja. Acho que muita gente já sabe, mas yogurte também é bom para os intestinos.
Aulinha de japonês
Acho que não apresentei verbos ainda.
Vamos ver alguns.
Míru 見る ver
Taberu 食べる comer
Aruku 歩く andar
Tobu 飛ぶ voar
Ikíru 生きる viver
18 comentários:
acho que vai demorar um bom tempo para eu ter filhos,primeiro pq eu e meu marido temos que nos disciplinar em relacao a um tantao de coisas, principalmente sobre game, somos dois viciados,ahahha...eu adoro joguinhos infantis,quando gosto de um eh dificil largar.
:D
e como vc falou,o melhor eh conversar e impor limites,mais nunca proibir,afinal cada um tem o direito de escolher suas diversoes,ate crianca, ne?tipo:se for responsavel nos estudos,pq nao deixar que eles fiquem no game ou na tv?claro que respeitando a faixa etaria...aqui vende um aparelho para o ds que marca o tempo,a pessoa programa o tempo,e quando esgota ele comeca a apitar avisando que terminou o periodo estipulado,achei bem interessante esse aparelho.
beijao.
Crianca precisa de limites mesmo, e vc parece ser uma ótima mae!!
Eu sempre aproveito as suas aulinhas de japones, só sabia Miru e taberu rs
bjs
Eu acho que nada pode funcionar na base da chantagem e premiação porque a criança começa a se cobrar muito e se torna interesseira. Concordo totalmente com sua visão e com suas atitudes. É preciso ter limites e disciplina.
E saiba que fico muitoooo feliz com seu carinho. Me sinto muito querida com suas palavras. Saiba que gosto muito e tb torço muito por vc viu!
Eu penso que educar é uma arte. Meus pais souberam fazer isto muito bem.
E meus irmãos também.
Aprendemos desde cedo a importancia do estudo. Trabalhamos na epoca certa e sabiamos que com seis irmãos naõ podiamos ter tudo. Mas também não era como hoje que as crianças querem tudo.
Mas meus sobrinhos são assim também. Se ganham agradecem mas se não tem não ficam nesta vontade de ter como muitos.
Mas educar é uma arte e como mostrou a mesma educação e dois filhos diferentes.
Só sei que Deus tem que entrar pros meios se não..
com carinho Monica
Hum Elisa, tenho um de 4 anos que só quer ficar no micro jogando esses joguinhos online, não quero que ele tenha video game tão cedo, apesar de que, não sei se ficaria realmente pior, pois hoje com a internet se acessa tudo né? Fico preocupada pois ele só tem 4 anos, a tendência é piorar muito, mas sei que cabe a nós pais controlarmos.. beijos querida adorei o lenço, muito chique!
Cynthia
Elisa, como você me conhece, videogame só foi existir em casa com o meu irmão mais novo (onze anos de diferença é fogo!), mas antes disso, em casa, assistir TV, ler gibi, brincar com os coleguinhas na rua (nos bons tempos em que brincar na rua era seguro), era depois de fazer a tarefa de casa e se tirou nota boa. Há quem diga pra mim que meus pais poderiam ser autoritários, mas se não fossemos educados a ter hora certa e o momento certo, talvez meus pais nao teriam tres filhos graduados e trabalhando (muito embora eu esteja aqui).
Como disse Alexandre, acorda essa mãe, antes que seja tarde demais...
Beijo, Elisa, e bom final de semana! :)
Graças a Deus, essa fase passou em minha vida(Estão com 24, 22 e 19 anos)! Criei meus filhos como fui criada:" primeiro a obrigação, depois a devoção" ! Ai, foi facil, dificil é ter pulso firme para faze-los cumprir com a obrigação! Tenho três rapazes; o mais velho tem que ser tratado com voz educada, tranquila... ai vc tem tudo, o do meio, tem que ser meio a meio bate com uma mão e adula com a outra... o caçula, é o pior deles... não se pode adular... tem que ser no grito mesmo! Parece que fica feliz só depois que apanha! Muitas vezes tenho que fingir que estou nervosa só para me fazer ouvir! Ai, como eles enrolavam para fazer as obrigações, não jogavam muito,né?! Como bom japoneses só sabem fazer uma coisa o dia inteiro, com isso,eu, ficava livre de me preocupar com os games... é tem-se que ter muito pulso e coragem! Ser mãe é como ser um domador de leões! beijos!
Saudades de tu mulher!!!!!
:D
Seu post baseado na sua intuição de mãe é uma autêntica lição de pedagogia...muito certo, tanto quanto aos limites, quanto á ausência de presentinhos para recompensar o estudo!
E agora vamos ver se meu cursinho audio de Japonês vale qualquer coisa:
kono kimono o-mitai kudasai
Está certo, Elisa?
Beijos
É verdade, esses jogos são muito viciantes, mas não adianta proibir. De meia a uma hora por dia está mais do que suficiente na minha opinião.
Quanto aos estudos, sempre fui uma ótima aluna e nunca ganhei recompensas materiais por isso. A maior recompensa era ver os mais orgulhosos!
Achei o post tão bom, tão útil! Concordo com tudo sobre limites e penso que disciplina é uma herança excelente que a gente deixa para os filhos.
Tudo o que tu escreveste, está no "Quem ama. Educa", do Dr. Içami Tiba.
Sou viciada em LOST, no BBB e no twitter, mas não deixo de fazer todas as minhas obrigações antes da diversão. Assim faço com as crianças. Primeiro o que tem de ser feito, depois o lazer.
Bjs
Elisa,
Sei muito bem do que vc está falando, porque aqui em casa não é diferente.
É vidogame portatil, é aqueles sem fios, fora os joguinhos do computador....
Eu também coloco limites.
só de ver o meu filho jogar alguns minutos, fico assustada, ele nem pisca, tamanha é a concentração..kkkk
Mas também conheço mães que nem ligam para o horário e para os tipos de jogos.
Aqui, só entra jogos infantis, no máximo uma corrida ou futebol, falo isso, porque vejo os amiguinhos do meu filho falando de jogos, com faca, arma, guerra....
Eu quero distância de jogos assim, já vivemos num mundo tão dificil....
mudando de assunto...vi sim os comentários do bolo, e fiquei mega feliz.
Muito gostoso sentir o carinho de voces.
beijos
BOA SORTE NO JOGO ELISA!
BEIJOS
Olha Elisa,
assino em baixo..., não tem que negociar..., tem sim que impÔr regras, senão vai aprender quando?
Quando fôr para o mundo do trabalho?
Um beijo e que tenhas uma excelente semana.
Elisa, não podia deixar de agradecer a receitinha, vou procurar as bolinhas de tapioca e depois te conto. Valeu, viu!
BEIJOSSSSS
Achei muito positiva a sugestão de trocar também o divertimento do game por outro divertimento ao ar livre. E sim, Yokohama tem espaços bonitos. Eu gostei muito do passeio e jardins junto da água, onde tem os antigos armazéns de tijolo e, claro, a roda gigante. Do outro lado, lá no fundo, tem também um morro transformado em parque, muito bonito e bom para passear. :)
R.
adorei o blog!
muito mesmo esta fazendo um bom trabalho!
será que você poderia seguir o meu? AFNAOFUIEU.BLOGSPOT.COM
Acho que você vai gostar. Beijos!
Não consigo saber qual será minha reação na educação de um futuro filho. Sei que vou querer ser e dar o melhor de mim. Tentar educar da maneira que meus pais educaram, com um pouco menos de mimo. Eu e meus irmãos fomos muito mimados e aprendi a marra (indo pro Japão) a mudar certos comportamentos... Mas foi uma experiência válida. Podemos dar instrução aos filhos até uma certa idade, depois disso, é por conta deles e por mais que as coisas não dêem certo, não deemos culpar os pais por nada.
Kisu!
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